“Judiciário & Mineração de Processos (JuMP-CNJ)” é o nome da nova ferramenta digital que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) desenvolveu para ajudar os tribunais a identificar gargalos no andamento dos processos e melhorar o trabalho realizado nas unidades judiciárias. A inovação foi desenvolvida em parceria com Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Com a solução, os tribunais podem identificar em quais setores e em que etapas da tramitação se acumulam as ações judiciais. Também é possível descobrir quais são as providências necessárias à movimentação do processo que levam mais tempo a serem tomadas. Dessa forma, as gestões das varas podem dinamizar o trabalho da equipe e, por consequência, reduzir a duração de tramitação da ação.
O juiz auxiliar da Presidência do CNJ Fábio Porto classificou a iniciativa como pioneira e revolucionária e ressaltou que novos aprimoramentos surgirão a partir do uso da ferramenta pelos tribunais. Ele lembrou que todas as pesquisas apontam a morosidade como o principal problema do Judiciário.
“Com a JuMP, será possível atacar a raiz da morosidade, porque ela possibilita identificar e verificar os pontos de gargalo e corrigi-los. Assim, poderemos viabilizar o prazo razoável de duração de um processo.”
Porto também destacou que, além de facilitar a gestão da unidade judiciária, a JuMP será de extrema valia para os órgãos correicionais.
“As corregedorias poderão comparar todas as unidades jurisdicionais e identificar, remotamente, aquelas que eventualmente necessitem de ajuda. Isso porque a Corregedoria tem papel de corregência e não apenas de correição. Pela ferramenta, será possível identificar boas práticas e disseminá-las entre unidades judiciárias para elevar a qualidade dos serviços prestados e, ao mesmo tempo, orientar e fiscalizar.”