O Brasil entra em 2022 com uma campanha inédita de enfrentamento da violência infantojuvenil. Por meio dela, crianças e adolescentes podem, com o simples gesto de cruzar os dedos, fazer a denúncia anônima de abusos e maus-tratos. A campanha “Me Proteja” foi lançada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Uma publicação traz os fundamentos da campanha, indicações de como fazer a denúncia e as providências a serem tomadas pelo CNJ e tribunais. O objetivo é que o gesto de cruzar os dedos seja amplamente divulgado, principalmente em escolas públicas, de forma a ensinar meninos e meninas o que isso passa a significar. E para que as pessoas adultas, ao constatar esse tipo de aviso anônimo, acionem o Disque 100 ou o aplicativo Direitos Humanos Brasil.
A campanha é resultado de um grupo de trabalho criado pelo CNJ para propor medidas de enfrentamento a esse tipo de violência. Para a conselheira do CNJ e presidente do Foninj, Flávia Guimarães Pessoa, “esse é um tema muito complexo, que requer uma atenção especial. Entendemos e acreditamos que será uma campanha que surtirá muito efeito diante da população.”
“Construímos uma campanha com grande cuidado técnico, tendo em vista a própria sensibilidade que envolve a temática. Com os índices da pandemia cada vez mais alarmantes, indicando o expressivo aumento no número de casos de violência infantil, não podíamos ficar de braços cruzados”, reforçou Trícia Navarro, juíza auxiliar da Presidência do CNJ, ressaltando que a campanha dá voz às crianças e adolescentes, inclusive adolescentes gestantes, “por meio de um gesto simples e de fácil compreensão”.
Fonte: Juri News